quarta-feira, 30 de março de 2011

A luta de classes em três atos

A peça Eles Não Usam Black Tie foi encenada pela primeira vez em 1958 e foi escrita por Gianfrancesco Guarnieri, e conta a história de Tião (Guarnieri), um jovem operário que acabara de engravidar sua namorada Maria (Miriam Mehler). Tião trabalha junto com seu pai, Otávio (Eugenio Kusnet), um líder dentre os operários, que está organizando uma greve para reivindicar aumento salarial. Otávio era um socialista convicto e também um revolucionário, o que o levou inclusive para a prisão (mais de uma vez), forçando o filho a ser criado longe dele.

Tião não compartilhava dos ideais de seu pai, pois considerava que a luta não valia a pena. Além disso, temia pelo seu emprego, uma vez que pretende se casar com Maria, portanto não podia de maneira nenhuma ficar sem um trabalho. Tião acaba “furando” a greve, o que deixa todos os seus colegas enraivecidos, e seu pai, decepcionado.

No período que a peça foi escrita, em 1955, o Brasil passava por uma grande mudança política e social. Juscelino Kubitschek acabara de ser eleito e ele defendia os trabalhadores, atribuindo-lhes direitos como: jornada definida de trabalho e aumento do salário mínimo. Três anos depois, serviu de inspiração para diversos dramaturgos brasileiros e iniciou a fase nacionalista do Teatro Arena.

Devido a sua importância histórica, a peça foi transformada em filme no ano de 1981, dirigida por Leon Hirszman. Nessa produção, o autor Gianfrancesco Guarnieri, que interpretava Tião na produção original, viveu o pai Otávio.

Eles Não Usam Black Tie é considerado um grande marco na história teatral brasileira, uma vez que é uma das primeiras peças que tem o foco em trabalhadores pobres, moradores da favela. A peça também aponta para lutas sociais de uma determinada classe, o que também era novidade na época.

Grupo: Matheus Alleoni, Mônica Bulgari, Natália Moraes, Rodrigo Gianesi e Gabriela Duarte.

terça-feira, 29 de março de 2011

Sobre os movimentos... Concretismo: Foi um dos movimentos vanguardistas surgido em 1950, inicialmente na música e depois na poesia e artes plásticas. Sua principal característica era a defesa da racionalidade e rejeição do expressionismo. Os irmãos Augusto de Campos e Haroldo de Campos, fundaram a revista NOIGANDRES expressão máxima do movimento. Neoconcretismo: Foi um movimento surgido no Rio de Janeiro, no final da década de 50, esse movimento era uma reação ao concretismo ortodoxo. As ideologias regidas por esse grupo tinham o intuíto de mostrar, que a arte em todos os seus segmentos trazia consigo elementos como: Sensibilidade,subjetividade (...). O manifesto não concreto é a primeira expressão do movimento. Acreditamos que os textos trazem uma alta carga de complexidade, devido ao fato de se tratar de um movimento que lida com a "ALMA" da arte. Ou seja, existem preocupações além da forma e conteúdo,nesse movimento existe a constante preocupação de tocar o leitor, por esse motivo a leitura se torna mais complexa, uma vez que a intenção do conteúdo é sensibilizar seu leitor e extrair dele emoções e ações diante daquilo que está lendo. GRUPO: LAURA, LETÍCIA, MARINA, LAÍSSA

2ª versão de "Niemeyer por ele mesmo"

“Um ser humano insignificante que atravessa a vida, que é um sopro” É com essas palavras que o arquiteto Oscar Niemeyer se define no belíssimo documentário de Fabiano Maciel intitulado Oscar Niemeyer: A vida é um sopro, lançado em 2007 com produção de Sacha.
O filme de 90 minutos monta um retrato da vida e obra do ícone da arquitetura brasileira através de seu próprio relato, suas obras e de depoimentos de personalidades como o escritor José Saramago, o historiador Eric Hobsbawn, o compositor Chico Buarque, entre outros. As imagens que compõem esse retrato partem da casa do arquiteto - cenário das falas e dos rabiscos -, correm por imagens de arquivo da época da construção de Brasília e da construção da sede da ONU em Nova York e passam também pelas locações dos principais prédios no Brasil.
Apoiando-se em sua memória, Niemeyer conta detalhadamente o que acontecia nos bastidores de cada projeto que concebia. Relatos de como as idéias surgiam e de como ele as colocava no papel, transformando e inovando a arquitetura brasileira moderna com a inserção da linha curva, a qual marca algumas de suas obras, como a marquise do parque do Ibirapuera em São Paulo e a fachada do palácio da alvorada em Brasília – cidade projetada por ele.
Além de expor a habilidade nos desenhos, o arquiteto faz também algumas reflexões sobre a vida, criando um tom filosófico na narrativa do filme. Para quem deseja conhecer melhor Niemeyer, que hoje aos 103 anos ainda desenha, o filme A vida é um sopro é o melhor caminho.

quarta-feira, 23 de março de 2011

A efemeridade da vida x a longevidade de um artista

A efemeridade da vida x a longevidade de um artista
Anna Carolina Cardoso Pinheiro

Uma das figuras mais longevas de nosso país... Essa é apenas uma das maneiras de caracterizar Oscar Niemayer, o maior arquiteto brasileiro de todos os tempos. O documentário A vida é um sopro (Brasil, 2007), dirigido por Fabiano Maciel, ao longo de seus 90 minutos, apresenta ao telespectador muito mais que os 103 anos de vida de Niemayer: mostra como a história desse mestre se mescla à história da arte moderna no Brasil e, de quebra, exibe o jeito desbocado do artista.

Além do Brasil, o longa-metragem leva quem lhe assiste a um viagem pelas obras de Oscar em outros países, tais quais Portugal, Argélia, França, Itália, Estados Unidos, Uruguai e Inglaterra. Intercalam-se ao enredo desenhos nunca antes vistos do arquiteto, assim como sua casa e um pouco da sua intimidade. 

Com depoimentos de pessoas ilustres como o historiador Eric Hobsbawn, o cantor e compositor Chico Buarque, o escritor português José Saramago entre outros é o depoimento do próprio homenageado que emociona. No decorrer do documentário, tem-se a oportunidade de conhecer esse lado não tão conhecido de Niemayer, o de pessoa crítica, franca, que fala tudo o que pensa. Que mesmo humilde, sabe da importância do seu trabalho, principalmente no Brasil. 

Brasília é um temas mais abordados e, junto com pedacinhos da história, vem uma crítica relevante nesses tempos de superlotação urbana: “as cidades não deveriam crescer sem controle. Deviam parar e depois se multiplicar”, afirma o centenário.

A maior lição que fica, no entanto, é dada pelo próprio Oscar: a vida é efêmera, “A vida é um sopro. Nasceu, morreu, fodeu-se”.

Pequeno balanço da aula virtual

1. Em primeiro lugar, obrigada pela colaboração.

2. No blog, há pelo menos um texto de cada tarefa proposta comentado; algumas observações são específicas sobre cada um dos temas, mas todos devem ler os textos comentados: boa parte das observações servem para todos e os temas serão mencionados e comentados nas próximas aulas presenciais.

3. Os posts devem ser reescritos a partir das minhas observações para a aula que vem; mesma aula em que vcs me entregam uma segunda versão do texto 1 (o que eu li etc.).

4. Alyson, leio seu texto e posto também até amanhã, OK?

5. Recebi digitalizados os seguintes textos:
Natalia
Marina
Henrique
Gabi Duarte
Fernanda
Monica 
Letícia
Alyson

6. Quem topa escrever uma historinha dessa aula virtual? Depois a gente pensa se serve para alguma coisa (ano passado, fizemos uma cobertura de Oscar com a turma de 4º ano que rendeu um belo trabalho).

7. E, ainda pensando nisso, quem topou meu desafio de sugerir a trilha sonora no FB, please, poste a música sugerida no blogue e conte o porquê da escolha. Vou fazer isso com a minha sugestão.

beijos a todos e até quarta que vem,
Bia

TEXTO COMENTADO 4

Projeto para o Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo

Lendo o projeto pudemos observar que o jornal se preocupa com o público que virá a ler o caderno cultural. 
Logo no início do projeto é dito que o caderno busca atrair o público comum e o público mais culto, Sim, mas como o autor do texto caracteriza esse público? através de matérias, poesias e contos.

Por se tratar de um cadeno pequeno (2 folhas ou 4 páginas), o caderno traria pequenas matérias e as classificações das matérias variaríam de semana em semana.

Dessa forma, pudemos concluir que o Estadão, desde a época, era muito preocupado com a divisão de trabalho redação - direção De novo, qual é a divisão proposta? Quem está falando, o autor do projeto (e quem é esse autor? e em que época ele está falando? ou a direção do jornal? e já sabia que a parte cultural deveria abordar assuntos como literatura, teatro e música. Pelo texto, dá para concluir se eles já sabiam ou é no projeto que isso está sendo proposto pela primeira vez?

Outro fato que nos chamou a atenção foi a publicidade do caderno. Apenas publicidades relacionadas a cultura poderiam estar no caderno. Assim, além do público receber propagandas de assuntos que lhes interessavam, o caderno também não perdia a sua característica de falar exclusivamente sobre cultura.

Outro ponto relevante do projeto de suplemento é o modo como ele é organizado, fazendo com que o leitor usufrua de um jornal bem estruturado. Em linhas gerais, como o projeto pensa em estruturar o suplemento? 


TEXTO COMENTADO 3

O grupo avaliou que os textos são muito complexos.Sim, são mesmo. Por que será? Vocês conseguem levantar algumas hipóteses? Dentro do nosso entendimento concluímos que o concretismo significa a junção da forma com o conteúdo dando prioridade à teoria. Já o neoconcretismo se opõem a preocupação excessiva do concretismo quanto à forma, permitindo uma maior liberdade de criação e interpretação da arte. O concretismo limita a interpretação, diferentemente do neoconcretismo que possibilita a "arte pela arte". Ou seja, a bagagem cultural que cada indivíduo adquire ao longo dos anos pode interferir na interpretação da arte. O neoconcretismo possibilita o livre nascimento da beleza da arte sem se preocupar com conceitos.

Acreditamos que entendemos a idéia geral do texto, conseguimos retirar a essência de cada conceito. Entretanto muitos detalhes não foram compreendidos pelo grupo.
Aqui, a ideia era essa mesmo: tentar entender, mesmo que em linhas gerais, quais eram as oposições entre concretisras e neoconcretistas. Vocês conseguem complementar esse texto acrescentando as informações básicas de quando e quem lançou esses manifestos? E explicando quem era quem dos dois grupos? De novo, vale consultar a Enciclopédia do Itaú Cultural de Artes Visuais.

Grupo: Laíssa Barros, Laura Abrahao, Letícia Rovere e Marina M. Zenun.

TEXTO COMENTADO 2

A peça Eles Não Usam Black Tie foi escrita no ano de 1955 por Gianfrancesco Guarnieri, 
Vejam: a peça foi escrita em 1955, mas encenada, pela primeira vez em 1958 (e depois muitas mais). Se começamos a falar do texto da peça, não faz sentido a gente indicar, depois dos nomes dos personagens, quem foi o ator que o interpretou sem sequer mencionar de qual montagem estamos falando, certo? e conta a história de Tião (Guarnieri), um jovem operário que acabara de engravidar sua namorada Maria(Miriam Mehler). Tião trabalha junto com seu pai, Otávio(Eugenio Kusnet), um líder dentre os operários, que está organizando uma greve para reivindicar aumento salarial. Otávio era um socialista convicto e também um revolucionário, o que o levou inclusive para a prisão(mais de uma vez), forçando o filho a ser criado longe dele.

Tião não compartilhava dos ideais de seu pai, pois considerava que a luta não valia a pena. Alem disso, temia pelo seu emprego, uma vez que pretende se casar com Maria, portanto não podia de maneira nenhuma ficar sem um trabalho. Tião acaba “furando” a greve, o que deixa todos os seus colegas enraivecidos, e seu pai, decepcionado.

Oragnizando aqui:
a) OK a sinopse do texto da peça;
b) a peça (de quando é primeira encenação?) teve enorme importância na história do teatro, consultem a Enciclopédia do Teatro do Itaú Cultural (vejam que vcs podem consultar mais de um verbete para contar a história da peça).
c) depois, virou filme e não exatamente por causa do "sucesso", mas de sua importância histórica, tanto pensando na história do teatro brasileiro do período; como pensando na história do Brasil

A peça obteve tanto sucesso que foi transformada em filme no ano de 1981 (em cinema, dizer quem é o diretor é mais importante do que quem são os atores; quem dirigiu?), e o autor Gianfrancesco Guarnieri, que interpretava Tião na produção original, viveu dessa vez o pai Otávio.

Eles Não Usam Black Tie é considerado um grande marco na história teatral brasileira, uma vez que é uma das primeiras peças que tem o foco em trabalhadores pobres, moradores da favela. A peça também aponta para lutas sociais de uma determinada classe, o que também era novidade na época.
OK, aqui vcs falam um pouco de um dos aspectos da importância do conteúdo do texto, mas vale pesquisar na referência que eu dei acima e onde mais vcs acharem pertinente).
Reescrevam o texto, a) falando dessas três coisas; texto da peça, encenação e filme; b) tentando relacionar texto + peça e filme com os diferentes momentos históricos; c) complementando as informações que eu apontei.

Grupo: Matheus Alleoni, Mônica Bulgari, Natália Moraes, Rodrigo Gianesi e Gabriela Duarte.

Projeto para o Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo

Projeto para o Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo

Lendo o projeto pudemos observar que o jornal se preocupa com o público que virá a ler o caderno cultural. Logo no início do projeto é dito que o caderno busca atrair o público comum e o público mais culto, através de matérias, poesias e contos.

Por se tratar de um cadeno pequeno (2 folhas ou 4 páginas), o caderno traria pequenas matérias e as classificações das matérias variaríam de semana em semana.

Dessa forma, pudemos concluir que o Estadão, desde a época, era muito preocupado com a divisão de trabalho redação - direção e já sabia que a parte cultural deveria abordar assuntos como literatura, teatro e música.

Outro fato que nos chamou a atenção foi a publicidade do caderno. Apenas publicidades relacionadas a cultura poderiam estar no caderno. Assim, além do público receber propagandas de assuntos que lhes interessavam, o caderno também não perdia a sua característica de falar exclusivamente sobre cultura.

Outro ponto relevante do projeto de suplemento é o modo como ele é organizado, fazendo com que o leitor usufrua de um jornal bem estruturado.



Grupo: Felipe Boldrini, Fernanda Cielo, Gustavo Freitas, Henrique Bovolenta, Juliana Rodriguez.

Concretismo vc neoconcretismo

O grupo avaliou que os textos são muito complexos. Dentro do nosso entendimento concluímos que o concretismo significa a junção da forma com o conteúdo dando prioridade à teoria. Já o neoconcretismo se opõem a preocupação excessiva do concretismo quanto à forma, permitindo uma maior liberdade de criação e interpretação da arte. O concretismo limita a interpretação, diferentemente do neoconcretismo que possibilita a "arte pela arte". Ou seja, a bagagem cultural que cada indivíduo adquire ao longo dos anos pode interferir na interpretação da arte. O neoconcretismo possibilita o livre nascimento da beleza da arte sem se preocupar com conceitos.

Acreditamos que entendemos a idéia geral do texto, conseguimos retirar a essência de cada conceito. Entretanto muitos detalhes não foram compreendidos pelo grupo.

Grupo: Laíssa Barros, Laura Abrahao, Letícia Rovere e Marina M. Zenun.

TEXTO COMENTADO 1

Niemeyer por ele mesmo

Um ser humano insignificante que atravessa a vida, que é um sopro” É com essas palavras que o arquiteto Oscar Niemeyer se define no belíssimo documentário de Fabiano Maciel intitulado Oscar Niemeyer: A vida é um sopro.
O filme de 90 minutos monta um retrato da vida e obra do ícone da arquitetura brasileira através de seu próprio relato, suas obras e de depoimentos de personalidades como o escritor José Saramago, o historiador
??? prenome? Hobsbawn, o compositor Chico Buarque, entre outros. As imagens que compõem esse retrato partem da casa do arquiteto - cenário das falas e dos rabiscos -, correm por imagens de arquivo da época da construção de Brasília e da construção da sede da ONU em Nova York e passam também pelas locações dos principais prédios aqui no Brasil.
Apoiando-se em sua memória, Niemeyer conta detalhadamente o que acontecia nos bastidores de cada projeto que concebia. Relatos de como as idéias surgiam e de como ele as colocava no papel, transformando e inovando a arquitetura brasileira moderna com a inserção da linha curva.
Será que não falta algo aqui??
Além de expor sua genialidade ??? será que a gente não tinha um jeito melhor de falar da excepcionalidade da obra de Niemeyer sem usar o adjetivo?  nos desenhos, o arquiteto faz também algumas reflexões sobre a vida, criando um tom filosófico na narrativa do filme. Para quem deseja conhecer melhor Niemeyer, o filme A vida é um sopro é o melhor caminho.
1.    Informações básicas que faltam: a) nome do diretor, data do documentário; b) o Niemeyer tem 103 anos; pensar na trajetória de um cara que ainda continua produtivo nessa idade é diferente de pensar na trajetáoria de um cara de 60 ou de 70, certo?
2.    OK, a resenha sobre o documentário flui e está bem estruturada, mas o que deu para perceber da importância da construção de Brasília? Ou do papel que o Niemeyer teve no pensamento sobre a arquitetura moderna?


COMO VAMOS FAZER ESSA AULA VIRTUAL

1. Estou pegando os posts publicados e lendo e comentando e vou fazer postar o texto lido com os meus comentários.
2. Quem deixou como rascunho, publique para que eu possa ler e comentar.

Niemeyer por ele mesmo

“Um ser humano insignificante que atravessa a vida, que é um sopro” É com essas palavras que o arquiteto Oscar Niemeyer se define no belíssimo documentário de Fabiano Maciel intitulado Oscar Niemeyer: A vida é um sopro.
O filme de 90 minutos monta um retrato da vida e obra do ícone da arquitetura brasileira através de seu próprio relato, suas obras e de depoimentos de personalidades como o escritor José Saramago, o historiador Hobsbawn, o compositor Chico Buarque, entre outros. As imagens que compõe esse retrato partem da casa do arquiteto - cenário das falas e dos rabiscos -, correm por imagens de arquivo da época da construção de Brasília e da construção da sede da ONU em Nova York e passam também pelas locações dos principais prédios aqui no Brasil.
Apoiando-se em sua memória, Niemeyer conta detalhadamente o que acontecia nos bastidores de cada projeto que concebia. Relatos de como as idéias surgiam e de como ele as colocava no papel, transformando e inovando a arquitetura brasileira moderna com a inserção da linha curva.
Além de expor sua genialidade nos desenhos, o arquiteto faz também algumas reflexões sobre a vida, criando um tom filosófico na narrativa do filme. Para quem deseja conhecer melhor Niemeyer, o filme A vida é um sopro é o melhor caminho.

terça-feira, 22 de março de 2011

A luta de classes em três atos

A peça Eles Não Usam Black Tie foi escrita no ano de 1955 por Gianfrancesco Guarnieri, e conta a história de Tião (Guarnieri), um jovem operário que acabara de engravidar sua namorada Maria(Miriam Mehler). Tião trabalha junto com seu pai, Otávio(Eugenio Kusnet), um líder dentre os operários, que está organizando uma greve para reivindicar aumento salarial. Otávio era um socialista convicto e também um revolucionário, o que o levou inclusive para a prisão(mais de uma vez), forçando o filho a ser criado longe dele.

Tião não compartilhava dos ideais de seu pai, pois considerava que a luta não valia a pena. Alem disso, temia pelo seu emprego, uma vez que pretende se casar com Maria, portanto não podia de maneira nenhuma ficar sem um trabalho. Tião acaba “furando” a greve, o que deixa todos os seus colegas enraivecidos, e seu pai, decepcionado.

A peça obteve tanto sucesso que foi transformada em filme no ano de 1981, e o autor Gianfrancesco Guarnieri, que interpretava Tião na produção original, viveu dessa vez o pai Otávio.

Eles Não Usam Black Tie é considerado um grande marco na história teatral brasileira, uma vez que é uma das primeiras peças que tem o foco em trabalhadores pobres, moradores da favela. A peça também aponta para lutas sociais de uma determinada classe, o que também era novidade na época.

Grupo: Matheus Alleoni, Mônica Bulgari, Natália Moraes, Rodrigo Gianesi e Gabriela Duarte.

quarta-feira, 16 de março de 2011

AULA 3 -- 16.03

Quatro tarefas para a próxima aula, 23.03

1. Mini resenha de A Vida é Sopro
2. Concretos x neoconcretos = algumas anotações
3. Mini resenha da peça Eles Não Usam Black Tie
4. Projeto para o Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo = algumas anotações.

**
Onde: a) mini resenha consiste em um post no blog, de 10 a 15 linhas; b) "algumas anotações" é um texto mais livre, no qual se reúnem dúvidas, observações, comentários etc.
  

quarta-feira, 2 de março de 2011

AULA 2 -- 02/03

PROGRAMA COMPLETO

PROGRAMA JORNALISMO CULTURAL 1
1 semestre de 2011
Ementa: O que chamamos, hoje, de jornalismo cultural é uma modalidade recente de tratamento jornalístico dos acontecimentos na área das artes, espetáculos, cultura, lazer, entretenimento.  O jornalismo cultural brasileiro é contemporâneo à modernização da imprensa nos anos 1950 e sua evolução histórica até os dias de hoje acompanhou as principais mudanças desse período intenso da cultura brasileira.
Objetivos: Discutir como se criou e modificou o jornalismo cultural brasileiro no período compreendido 1950-2000. Por meio da história dos cadernos culturais de jornais diários e das revistas impressas, retomar a história das manifestacões e das discussões culturais desse período.
Metodologia: aulas expositivas e seminários. As aulas expositivas terão uma bibliografia preparatória, que ajuda na compreensão dos temas abordados.
Avaliação: exercícios em classe (15%), duas provas individuais (resenhas/artigos feitos em classe à época das prova, 30% e 30%) e um seminário (25%)

Conteúdo programático:
1. Anos 50 – Modernidade na imprensa, modernidade nas artes
a) a criação dos primeiros cadernos culturais e de uma imprensa especializada: Diário Carioca, Jornal do Brasil (Suplemento Dominical e Caderno B); o suplemento cultural dialoga com a academia: Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo
b) Artes plásticas e arquitetura
Concretos x neoconcretos
c) Material básico (seminário e classe):
“A Vida é um Sopro”, documentário (http://tinyurl.com/anxg7k)
Plano-piloto da poesia concreta (http://tinyurl.com/cykkh6)
Manifesto neoconcreto (http://tinyurl.com/ary5an)

2. Anos 60 -- Nacional-popular, cultura engajada e a chegada do pop; a ideia da revolução
a) Revistas, revistas de debates e primeiras experiências em jornalismo alternativo: Revista Realidade.
b) Teatro nacional-popular: o Brasil arcaico x o Brasil moderno
c) Música popular brasileira
c) Material básico (seminário e classe):
Peça: “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieri (peça de 1958; editada Civilização Brasileira; a edicão mais recente é de 1995)
Filme em DVD: “Eles Não Usam Black-Tie”, Leon Horzsman (1981, disponível em DVD)
Documentários: "O Sol", "Uma Noite em 1967"
Disco: O show Opinião
c) Material básico (seminário e classe):
Filme em DVD: “Eles Não Usam Black-Tie”, Leon Horzsman (1981, disponível em DVD)
Documentário: "O Sol", "Uma Noite em 1967"
Disco: O show Opinião

3. Anos 70 -- Cultura de resistência e resistência na cultura
a) Cultura de resistência: a imprensa alternativa e consolidação dos cadernos culturais.
Pasquim, Movimento, Opinião, Versus.
b) Modos da narrativa no cinema e na TV; a grande família da MPB
A herança do cinema novo
Censura
c) Material básico (seminário e classe):
Filme em DVD: “Iracema, Uma Transa Amazônica”, Jorge Bodanzky (1974, disponível em DVD)



4. Anos 80
a) A indústria cultural engole artes, cultura e academia: Folhetim & Folha Ilustrada.
b) Modernidade em crise e o pós-moderno
Literatura de massa
Idéias no mercado & mercado de idéias
c) Material básico (seminário e classe):
Ensaios: “Nacional por Subtração” e “Marco Histórico”, Roberto Schwarz (em “Que Horas São?”, 1987, Editora Brasiliense; há uma edição mais recente da editora Companhia das Letras)
“O Cobrador”, Rubem Fonseca (1979, há edições mais recentes da editora Companhia das Letras)
5. Anos 90
a) Fragmentação, globalização e violência: a “crise dos cadernos culturais” e a internet.
b) A retomada do cinema nacional pela revisão irônica
A investigação documental da realidade nacional
Cinemas regionais-globais
c) Material básico (seminário e classe):
“Carlota Joaquina”, Carla Camuratti (1999, disponível em DVD)
“Ônibus 174”, José Padilha (2002, disponível em DVD)
“Cinema, Aspirinas e Urubus”, Marcelo Gomes (2005, disponível em DVD)