quarta-feira, 6 de abril de 2011

Bienal da Arte de São Paulo
1951 a 1965

A Bienal de São Paulo (ou ainda Bienal Internacional de Arte de São Paulo) é uma exposição de artes que acontece de dois em dois anos como já diz o nome em São Paulo, desde 1951. O evento é constantemente responsável por projetar as obras de artistas internacionais desconhecidos e por refletir as tendências mais marcantes no cenário artístico global. O prédio da Bienal foi projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer.

O pavolhão da Bienal foi projetado pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemayer

A 1ª Bienal Internacional de São Paulo foi inaugurada no dia 20 de outubro de 1951, na Avenida Paulista. A mostra contou com 1854 obras, representando 23 países. A iniciativa partiu do mentor Francisco Matarazzo Sobrinho e colocou o Brasil no circuito internacional de arte. A bienal causou grande impacto no desenvolvimento da arte concreta brasileira. Apesar da boa repercussão que causou a primeira Bienal, as obras que vieram para o Brasil sofreram diversas críticas. O importante crítico Mario Pedrosa afirma que, “os sub-Picassos e os sub-Matisses de todo o mundo significam o passado, portanto estão distantes da sensibilidade de hoje".

A 2ª Bienal de São Paulo inaugurou em dezembro de 1953 e se estendeu até fevereiro de 1954 para integrar com as festas de 400 anos da cidade. Ficou conhecida como a “Bienal da Guernica” e foi considerada a bienal mais importante da década. A exposição teve grande proporções e representou 33 países com 3374 obras. O grande destaque da segunda Bienal foi Pablo Picasso. Picasso teve uma sala com 51 telas de todas as suas fases. A bienal ficou conhecida como “Bienal Guernica” devido à obra mais importante do artista exibida na bienal.

'Guernica', de Pablo Picasso, foi o grande destaque da 2ª Bienal

A terceira edição da Bienal não teve o mesmo impacto da segunda. Os convidados de honra foram Lasar Segall e Candido Pontinari. Lasar Segall teve uma sala com 18 pinturas e 13 esculturas. Enquanto Portinari mostrou estudos sobre paineis que preparava sobre Guerra e Paz para o governo brasileiro ocupar a sede da ONU em Nova York.


Em 1957 aconteceu a quarta edição da Bienal de Arte de São Paulo. Definitivamente instalada no pavilhão especialmente construído para o evento, essa edição foi extremamente polêmica. E coube a Ciccillo Matarazzo, com palavras cheias de ironia, ouvir, pacientemente, todas as queixas e contornar a confusão. Além do tumulto, o grande destaque da 4ª Bienal foi a mostra do pintor Jackson Pollock, referência no expressionismo abstrato norte-americano. Foram apresentadas 34 telas e 29 desenhos, que representam quase todo o período produtivo do pintor.

Jackson Pollock e seu expressionismo abstrato marcaram a quarta edição da Bienal


A 5ª Bienal realizada 1959 é grande sucesso de público e traz como novidade, a "ofensiva tachista e informal". Nessa edição é inaugurada uma área para teatro, que passa a dividir o espaço, com as mostras de filmes, com as artes plásticas e a arquitetura.


Na 6ª edição em 1961, ocorreu a ampliação da participação de artistas nacionais e a maior representação de obras com caráter histórico.


A Bienal de São Paulo realizou a sua sétima edição completamente desvinculada do Museu de Arte Moderna - MAM. Desde a primeira Bienal, os críticos acusavam Ciccillo de querer um evento com mais bandeiras que a Bienal de Veneza. E esse ano representou o auge. Com mais de 5 mil obras, de 55 países, a 7ª Bienal foi inchada e pecou pelo excesso. Além dos novos países integrantes, a mostra brasileira também apresentou um volume muito grande de obras. Destacou-se George Segal, um norte-americano que apresentou uma forte adesão à pop art, movimento que viria a predominar nas edições seguintes.


O pop art seria predominante nos anos que viriam


Em 1965, um ano e meio após o golpe de Estado promovido pelos militares, a Bienal realizou a sua oitava edição. Enquanto a vida política brasileira entrava em um de seus períodos mais obscuros, curiosamente, a Bienal de São Paulo apresentou traços de ruptura e renovação em relação a alguns dos suportes tradicionais na arte. A 8ª Bienal foi bastante equilibrada, e trouxe outros destaques importantes. A sala "Do Surrealismo à Arte Fantástica" abrigou mais de 200 obras de 60 artistas de grande importância, entre eles Marcel Duchamp. Anunciando a predominância da pop art dos anos seguintes, a oitava edição da Bienal trouxe uma grande mostra de comics.


Grupo: Alyson, Anna Carolina, Laura e Juliana

Revista Klaxon e o manifesto antropofágico

Klaxon foi uma revista que circulou mensalmente no início da década de 20, em São Paulo. A revista abordava temas relacioados à arte moderna. Nela, escreveram grandes nomes do movimento modernista brasileiros, como por exemplo Anita Malfatti, Oswald de Andrade e Sérgio Buarque de Holanda.
A Klaxon teve grande importância nesse movimento cultural, principalmente na divulgação da Semana de Arte Moderna de 1922.
O manifesto Antropofágico ou Antropófago foi um movimento literário escrito por Oswald Andrade e publicado na revista de Antropofagia. A intenção de Oswald era de sintetizar a antropofagia como um movimento cultural, assim a linguagem literária passou a ser desprendida dos valores teocráticos.
Tanto a revista Klaxon, quanto o Manifesto Antropofágico da revista de Antropofagia foram expressões do movimento modernista que caracterizou o período.
Grupo:
Daniel Faustino, Felipe Francisco, Gustavo Freitas, Henrique Bovolenta e Rodrigo Gianesi.

TBC, Teatro Brasileiro de Comédia

O TBC, Teatro Brasileiro de Comédia, foi um importante teatro brasileiro, localizado na cidade de São Paulo, na rua Major Diogo, fundado em 1948, com uma equipe formada por diretores e técnicos italianos.Ele foi responsável por mudar o cenário nacional. Com ele, foi consolidada a encenação moderna do país, a profissionalização dos atores, a junção entre divertimento e cultura. Representou uma renovação estética do espetáculo brasileiro.
O TBC contava com uma oficina de produção teatral,(ateliê, guarda-roupa, marcenaria, arquivo).
Entre as peças que foram encenadas estavam "Entre Quatro Paredes (Huis Clos)", de Jean-Paul Sartre, de 1950; "Um Panorama Visto da Ponte", de Arthur Miller, de 1958; "O Pagador de Promessas", de Dias Gomes, de 1960, entre outras.
A partir do ano de 1958 o TBC perdeu espaço para o Teatro Arena e entrou em crise financeira, artística e de repertório, quando muitos dos seus principais componentes deixaram o teatro, assim como a atriz Fernanda Montenegro.
Depois de 16 anos em atividade, o TBC foi fechado, por ter seus textos e encenações considerados conservadores.

Grupo: Fernanda, Marina, Matheus, Natália.

Tarefas para hoje, 06/04

As tarefas de hoje eram as seguintes:

1. Um post sobre Lygia Clark
2. Um post sobre as Bienais de São Paulo, até 1965
3. Um post sobre a revista Klaxon e o Manifesto Antropofágico
4. Um post sobre o TBC, Teatro Brasileiro de Comédia

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a) o grupo Dinoê, Gabriela, Laíssa, Letícia e Mônica fez a tarefa 1; b) o grupo  Daniel Faustino, Felipe Francisco, Gustavo Freitas, Henrique Bovolenta e Rodrigo Gianesi fez  tarefa 3; c) o grupo formado por Laura, Juliana, Ana e Alyson deveria fazer a tarefa 2; d) e, portanto, ao grupo formado por Fernanda, Marina, Natália e Matheus cabia a tarefa 4.

terça-feira, 5 de abril de 2011

O arquiteto das curvas

O documentário “A vida é um sopro” mostra a trajetória de um dos maiores arquitetos brasileiros, Oscar Niemeyer. Um homem que, mesmo com 103 anos de idade, ainda continua produzindo, além de ter sido – junto com Lúcio Costa – um dos responsáveis pela maior obra que o Brasil já teve: Brasília.
O desenho o levou para a arquitetura. No início, trabalhou de graça, e com isso foi ganhando experiência. Niemeyer tinha projetos inovadores em mente, queria sair daquela igualdade que eram os prédios da época; colunas sempre da mesma maneira – retas –, os mesmos desenhos, interiores. A mudança veio nas curvas da Pampulha, do Congresso Nacional em Brasília, da Catedral, do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Rio de Janeiro, entre várias outras.
Mesmo com a idade avançada, os projetos de Niemeyer não param, pois como ele mesmo diz: “A vida é um sopro”. Tudo passa que ninguém percebe. Faz 50 anos que a capital do país foi construída, e o tempo, para o arquiteto, passou muito rápido. Se Niemeyer não tivesse inventado as curvas em suas obras, o que seria dos grandiosos estádios de futebol, arenas, e atém mesmo prédios de grandes empresas?
O arquiteto sempre dizia: “Não é a linha reta, dura e inflexível, feita pelo homem que me atrai. O que me chama a atenção é a curva livre e sensual”.

Lygia Clark: a não-artista

Lygia auto-intitulou-se "não-artista"

Lygia Pimentel Lins foi uma pintora e escultora brasileira conhecida por ser uma das principais artistas expoentes do neoconcretismo no Brasil. Nascida em Belo Horizonte no ano de 1920, Lygia teve uma formação artística aprofundada: em 1947 muda-se para o Rio de Janeiro, onde iniciou os seus estudos com um dos maiores arquitetos paisagistas do século XX: Burle Marx . Em 1950 muda-se para Paris e realiza sua primeira exposição. Em 1952, volta ao Rio e, em 1954, passa a integrar o Grupo Frente. O Grupo - segundo Ivan Serpa, seu fundador - apresentava um único preceito: romper com as fórmulas da velha academia, e questionar a arte.


Lygia fez isso. Com influências do construtivismo da década de 1930, ela explorou o espaço além do bidimensional da pintura. Sua principal obra, “Bichos” (imagem à esquerda), que foi elaborada entre 1960 e 1964, consiste em um conjunto de chapas de alumínio articulados com dobradiças que permitem uma interatividade com o público ; interatividade é um dos elementos fundamentais de suas obras. Lygia morreu em 1988, no Rio de Janeiro.

Grupo: Dinoê, Gabriela, Laíssa, Letícia e Mônica