terça-feira, 7 de junho de 2011

Fichamento - O Anteprojeto do Manifesto do Centro Popular de Cultura.

Em 1961, foi criada no Rio de Janeiro, uma associação chamada Centro Popular de Cultura (CPC). No artigo “Anteprojeto do Manifesto Centro popular de Cultura”, os ideais do CPC são tratados. Ligado à União Nacional dos Estudantes (UNE), o objetivo do grupo era criar uma “arte revolucionária” em que a cultura nacional fosse exaltada e as classes populares conscientizadas. O artista deveria estar engajado politicamente e a arte, teria então, um caráter coletivo e democrático. Em março de 1962 o Anteprojeto, que reunia artistas de teatro, cinema, literatura, música - dentre outros, foi criado e as propostas da associação foram estabelecidas ali.


A proposta dos artistas do CPC é a de criação de uma arte que não tenha fins exclusivamente estéticos e sim algo vinculado à realidade social. O artista deve também exercer seu papel de homem comum, além de ser artista, ter as mesmas limitações e ideais dos seus semelhantes, compartilhar dos mesmos esforços, derrotas e conquistas.


Há duas posições que, segundo o manifesto, os artistas podem seguir: 1) Se sujeitar ao sistema, agir de modo passivo; 2) Participar ativamente contra a conformação do mesmo meio social. Os artistas que escolhem a primeira opção, para o CPC, não relacionam a arte com a crítica que esta deveria ser relacionada, uma crítica sobre as condições sociais da sociedade. Juntamente com as classes econômicas dominantes, esses artistas, atuam com o objetivo de dominar ideais e valores do povo. Para o CPC a arte deveria ser uma importante ferramenta de libertação material e cultural do povo brasileiro. E por isso, os artistas do CPC caracterizam sua arte como “revolucionária”. E vale destacar portanto que a associação define três tipos de intelectuais e artistas brasileiros: 1) Conformistas (citados acima); 2) Inconformistas; 3) Revolucionários (os próprios artistas da associação). De acordo com o manifesto, os inconformistas, são contra padrões de dominação da sociedade e deixam claro a repulsa pelo sistema mas, não possuem qualquer atitude que desempenhe mudança.


A arte é classificada em três tipos pelo CPC: 1) Arte do povo; 2) Arte popular; 3) Arte revolucionária. A primeira é produzida em regiões mais atrasada economicamente, o artista e a massa não se distinguem, convivem no mesmo meio. A segunda atende ao publico dos centros urbanos que recebem a obra produzida por um “grupo de especialistas”, a arte é mais vista como um passatempo, alternativa de lazer. Para o CPC tais artes não são aceitas como pontes de comunicação com as massas, “não expressam a essência do povo”. E por último, a arte revolucionária é para os artistas do CPC a melhor forma de expressar a arte. “A revolução seria atingida com a conscientização da condição de dominados da massa e conseqüentemente seria esperada uma ação prática de libertação do povo”. Os “artistas revolucionários” se consideram superiores que os de massa e acreditam criar o novo para que os outros apenas o utilizem como inspiração.


O conjunto de problemas, diagnosticados no manifesto, tem seu fundamento na oposição entre qualidade e popularidade. As obras de arte são geralmente compreendidas por pessoas do meio artístico, devido à sua complexidade, tendo requisitos que constituem justamente os pressupostos culturais para sua compreensão. Por isso, a compreensão da obra pelo povo, torna-se um problema. Entretanto, já sabendo dos desafios, o CPC, se dedica às pesquisas e ao desenvolvimento de recursos de linguagem, criando assim, uma arte eficaz que conscientize o povo e os torna mais politizados também .

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Centro Popular de Cultura (CPC) foi uma organização associada à União Nacional de Estudantes - UNE, criada em 1961, na cidade do Rio de Janeiro, por um grupo de intelectuais de esquerda, com o objetivo de criar e divulgar uma "arte popular revolucionária". Reuniu artistas de diversas áreas (teatro, música, cinema, literatura, artes plásticas, etc.), defendendendo o caráter coletivo e didático da obra de arte, bem como o engajamento político do artista.
Seus fundamentos e objetivos foram definidos no "Anteprojeto do Manifesto do Centro Popular de Cultura.Segundo o manifesto, a arte do povo é "de ingênua consciência", sem outra função que "a de satisfazer necessidades lúdicas e de ornamento". O CPC "pretendia tirá-las da alienação e da submissão."
Em 1964, logo após o golpe militar, o CPC foi fechado pelas autoridades.À época, o Partido Comunista Brasileiro ocupava lugar de destaque na área cultural, tendo muitos jornalistas, artistas e profissionais liberais como seus filiados, além de entidades como a própria UNE. Durante sua breve existência, o CPC promoveu a encenação de peças de teatro em portas de fábricas, nos sindicatos e nas ruas de várias cidades e em áreas rurais do Brasil. O contexto era de forte mobilização política, com expansão das organizações de trabalhadores e assim, os temas do debate político se rebatiam diretamente na produção cultural.
A proposta do CPC diferia. no entanto, da posição das vanguardas artísticas dos anos 1950, tais como o concretismo, que defendiam o diálogo com a técnica e a indústria. Os artistas ligados ao CPC, recusavam-se a considerar a arte como "uma ilha incomunicável e independente dos processos materiais". Acreditavam que toda manifestação cultural deveria ser compreendida exatamente "sob a luz de suas relações com a base material", combatendo o hermetismo da arte: "nossa arte só irá onde o povo consiga acompanhá-la, entendê-la e servir-se dela."

Anteprojeto do Manifesto do Centro Popular de Cultura

O artigo Anteprojeto do Manifesto Centro Popular de Cultura trata sobre os ideais do Centro Popular de Cultura (CPC), associação que foi criada em 1961, no Rio de Janeiro. O grupo, ligado à União Nacional de Estudantes (UNE), tinha como objetivo criar uma “arte revolucionária”, que exaltasse a cultura nacional e conscientizasse as classes populares. A arte, para eles, deveria ter, além do engajamento político do artista, caráter coletivo e democrático. O grupo era formado por artistas do teatro, do cinema, da música, da literatura e das artes plásticas e teve seus propósitos e fundamentos estabelecidos no Anteprojeto, escrito em março de 1962. 

Os artistas do CPC se propunham à criação de uma arte que não se desvinculasse dos processos materiais que configuram a existência da sociedade - ou seja, a arte não deveria ter fins exclusivamente estéticos: deveria ser vinculada à realidade social. Além de ser um artista, eles deveriam ser homens comuns, com as mesmas limitações e ideais de seus semelhantes, compartilhando as mesma responsabilidades, esforços, derrotas e conquistas comuns.

Segundo o manifesto, havia dois caminhos que poderiam ser seguidos pelos artistas: se sujeitar ao sistema social, agindo de modo amorfo e passivo, ou participar ativamente contra a conformismo da sociedade. Para o CPC, os artistas que escolhiam a primeira opção não relacionavam a arte com o olhar crítico sobre as condições sociais e históricas, pelo contrário - consideravam que eles estavam conectados às relações de produção que formam a estrutura econômica da sociedade. Esses artistas, de acordo com o Anteprojeto, juntamente com as classes econômicas dominantes, atuavam com o objetivo de dominar as ideias, sentimentos, valores e aspirações do povo. 

A arte para o CPC deveria ser uma importante ferramenta espiritual de libertação material e cultural do povo brasileiro. Para isso, seria necessário o conhecimento das relações sociais, bem como os aspectos políticos e econômicos, de modo que fosse possível realizar um trabalho ativo, forte, modificador e independente, capaz de produzir reações na estrutura material da sociedade. Por isso que o grupo caracterizava a arte como revolucionária, graças ao seu poder de romper com paradigmas.

Os artistas e intelectuais brasileiros eram classificados pelo Centro Popular de Cultura em três categorias: conformistas, inconformistas e revolucionários, sendo os últimos os próprios artistas da associação. Os inconformistas, de acordo com o manifesto, eram contra os padrões de dominação da sociedade e deixavam clara sua repulsa pelo sistema. A ausência de uma atitude visando mudanças, no entanto, impedia que eles fossem caracterizados como "revolucionários" pelo CPC.

Também a arte poderia ser dividida em três tipos, segundo o manifesto: a arte do povo, a arte popular e a arte popular revolucionária. A primeira era aquela produzida em regiões mais atrasadas economicamente, na qual o artista não se distinguia da massa. O segundo tipo visava o público dos centros urbanos, que recebia a obra produzida por um "grupo de especialistas". A arte era vista como um passatempo, uma alternativa de lazer. Para o CPC, esses tipos de arte não poderiam ser aceitos como pontes de comunicação com as massas, já que não expressavam a essência do povo. Já a "arte revolucionária" era, para eles, a melhor expressão da arte. O grupo acreditava que a revolução estava em passar o poder para o povo, anseiando pelos mesmo objetivos políticos da massa. A revolução seria atingida, então, com a conscientização da condição de dominados da massa e, consequentemente, seria esperada uma ação prática de libertação do povo. Os artistas do CPC se consideravam superiores aos artistas da massa, os que criavam entretenimento.

Em 1964, logo após o golpe militar, o CPC foi fechado pelas autoridades. À época, o Partido Comunista Brasileiro ocupava um lugar de destaque na área cultural, sendo composto por muitos jornalistas, artistas e profissionais liberais, além de entidades como a própria UNE. Durante sua breve existência, o CPC promoveu a encenação de peças de teatro em portas de fábricas, nos sindicatos e nas ruas de várias cidades e em áreas rurais do Brasil. O contexto era de forte mobilização política, com expansão das organizações de trabalhadores, de modo que os temas do debate político influenciavam diretamente a produção cultural.


terça-feira, 24 de maio de 2011

Resenha - "Eles não usam black tie"

O filme Eles não usam black tie é baseado na primeira peça, de mesmo nome, de Gianfrancesco Guarnieri, do ano de1958. A peça foi encenada pela primeira vez quando o movimento Cinema Novo começava a surgir, convocando a arte ao neo-realismo. Ao invés de personagens ricos e nobres, operários e moradores do morro subiam ao palco. Ali, em plenos anos 50, negros eram cidadãos comuns. A realidade brasileira estava ganhando espaço nas artes cênicas.

Ao ser adaptada para o cinema brasileiro, o filme tem como cenário a grande cidade de São Paulo dos anos 70, local que amparou grandes movimentos sociais.

A trama, que envolve família, sindicato, e industria, traça um perfil vivo do Brasil no processo de transição do regime ditatorial para o sistema capitalista. As marcas dessa transformação podem ser percebidas nos processos de trabalho, hábitos de consumo, poderes e práticas do Estado.

Para que o sistema permanecesse viável era necessário a fixação de preços e exercer controle suficiente sobre o emprego da força de trabalho – posicionamento esse, bastante evidenciado no filme. O espaço da fábrica era controlado a todo momento por vigias e polícias, os quais intervinham sempre que preciso, no intuito de manter a ordem caso esta fosse ameaçada. No entanto, o controle da força de trabalho estava também atrelado as ideologias que o sistema pregava. Instituições como a Igreja, a Escola e o Estado, buscavam reproduzir o modo de produção capitalista, despertando sentimentos sociais como: a ética do trabalho, lealdade aos companheiros e a busca de identidades através do trabalho. Era necessário forjar um tipo particular de trabalhador, o qual se adequasse ao novo tipo de sociedade democrata que emergia.

A fábrica simboliza o sistema capitalista, seu espaço é caracterizado pelas longas horas e rotinas de trabalho, pela obediência e disciplina do trabalhador. No entanto, o acumulo destes em fábricas de larga escala, traz consigo a ameaça de uma organização trabalhista mais forte e aumento da sua classe operária.

O filme fora retratado no ABC Paulista, palco dessa união de trabalhadores que, através de sindicatos, se organizaram e tomaram consciência enquanto classe social, na busca de melhores condições de trabalho e direitos trabalhistas.

Um dos protagonistas do filme, é o personagem Tião (filho do operário Otávio). Ele vive a incerteza de estar engajado no movimento operário, na busca do bem coletivo juntamente com seu pai e outros companheiros de luta, ou de renegar a tudo isso na busca de um futuro próspero e empreendedor.

O conhecimento passa a ter maior destaque no contexto, ele também é uma forma de despertar individualismos, poder de competição, que põe por terra o poder organizado da classe trabalhadora. Tião acaba sendo um fura greve, o movimento operário perde o controle, a intervenção do poder militar é inevitável, a repressão para manter a ordem deixa um rastro de tortura e a morte de um dos lideres do movimento de greve - a dor da perda de um grande companheiro sindical - faz ressurgir ainda mais forte a esperança e a vontade de continuar lutando por democracia, por melhores condições de trabalho e de vida.

Os personagens Tião, Maria (sua namorada e futura mãe de seu filho) e Otávio, representam a classe trabalhadora daquela época, presenciaram a transição de um regime ditatorial para um modo de acumulação flexível.

O filme traz a mensagem que, as frustrações de grupos e minorias excluídas, juntamente com a luta por melhores condições de vida, são de certa forma “alimento” que podem levar a mudança de regras e posicionamentos da classe dirigente.

domingo, 22 de maio de 2011

Resenha "Rio 40 Graus"

“Rio 40 graus” (1955) inaugura um marco do cinema brasileiro, o movimento estético cultural do Cinema Novo, e apresenta as contradições sociais da cidade carioca dos anos 50. O filme é um semi-documentário do consagrado diretor Nelson Pereira dos Santos (1928), um dos precursores do Cinema Novo. Apesar de ter sido lançado em 1955, “Rio 40 graus” só chegou aos cinemas dois anos depois. O longa-metragem foi censurado pelo órgão regulador da Segurança Pública, que condenava a visão negativa da cidade carioca, o uso de gírias, a figura cômica de um personagem deputado e, principalmente, os “elementos comunistas”. Além disso, era alegado que até o título era mentiroso, pois, segundo o chefe de segurança Geraldo de Menezes Cortes, a temperatura do Rio de Janeiro nunca chegava a 40 graus.

Quarenta graus ou não, o filme esquentou o cinema nacional e atraiu até olhares internacionais, que aplaudiram o realismo presente no longa. A forma como a cidade foi retratada era inédita para a época. Mostrou-se a vida de moradores humildes, que se cruzam ao longo do documentário, do morro do Cabuçu. As câmeras acompanham um domingo de sol dos personagens: jogadores de futebol, um deputado, uma doméstica grávida de um policial, uma doméstica doente, crianças entre outros. O elenco infantil é protagonizado por cinco garotos que desejam comprar uma bola de futebol, para isso eles vendem amendoim por regiões importantes do Rio de Janeiro, como o Pão de Açúcar, Copacabana e o Estádio do Maracanã. As histórias dos personagens dão conta de vários problemas sociais, como a falta de assistência médica e de remédio das classes populares; comércio de rua dominado por certos vendedores (um dos garotos ao vender amendoim em Copacabana deve entregar parte da venda para um “dono do ponto”); gravidez indesejada; corrupção política e mostra também os interesses por trás dos times de futebol.

O enredo foi capaz de agregar vários dramas pessoais sem deixar de lado o olhar social. Além disso, mostrou namoros, futebol e uma escola de samba. “Rio 40 graus” deu conta, dessa forma, da complexidade da vida dos morros cariocas, desde as dificuldades financeiras à vida da namorada e seus dois homens. O longa revolucionou o cinema nacional por sua audácia e foi significativamente influente no surgimento de filmes como “Cidade de Deus”. Apesar da história no filme se passar na cidade carioca, os problemas sociais eram presentes em todo Brasil. E, infelizmente, são os mesmo do presente.

Fichamento sobre o Anteprojeto do Manifesto do Centro Popular de Cultura

O artigo Anteprojeto do Manifesto Centro Popular de Cultura trata sobre os ideais do Centro Popular de Cultura (CPC), associação que foi criada em 1961, no Rio de Janeiro, ligado à União Nacional de Estudantes (UNE). O objetivo do grupo era criar uma “arte revolucionária” que exaltasse a cultural nacional e conscientizasse as classes populares. A arte deveria ter caráter coletivo e democrático, além do engajamento político do artista. Os propósitos e fundamentos da associação foram estabelecidos no Anteprojeto, criado em março de 1962.Ele reunia artistas do teatro, do cinema, da música, da literatura, das artes plásticas entre outras.

Os artistas do CPC se propõem a criação de uma arte que não se desvincula dos processos materiais que configuram a existência da sociedade . Ou seja, a arte não deveria ter fins exclusivamente estéticos, deveria ser vinculada à realidade social. Além de ser um artista, eles deveriam ser homens comuns, com as mesmas limitações e ideais dos seus semelhantes, compartilhando as mesma responsabilidades, esforços, derrotas e conquistas comuns.

Segundo o manifesto, há duas opções que os artistas poderiam seguir: ou a dos que se sujeitam ao sistema social, agindo de um modo amorfo e passivo; ou a linha dos que participam ativamente contra a conformação do mesmo meio social. Para o CPC, os artistas que escolhem a primeira opção não relacionam a arte com um olhar crítico sobre as condições sociais e históricas, pelo contrário, eles estão conectados as relações de produção que formam a estrutura econômica da sociedade. Esses artistas, de acordo com o Anteprojeto, juntamente com as classes econômicas dominantes, atuam com o objetivo dominar as idéias, sentimentos, valores e aspirações do povo. A arte para o CPC deveria ser uma importante ferramenta espiritual de libertação material e cultural do povo brasileiro. Para atingir tal libertação, seria necessário o conhecimento das relações sociais e os meios que o envolvem, como o político e econômico, assim seria possível realizar um trabalho ativo, forte, modificador e independente capaz de produzir reações na estrutura material da sociedade. Por esse motivo, que os artistas do CPC caracterizaram a sua arte como a “arte revolucionária”. É importante ressaltar que o CPC define três tipos de intelectuais e artistas brasileiros : conformistas (citado acima), inconformistas e revolucionários (os próprios artistas da associação). Os inconformistas, segundo o manifesto, são contra os padrões de dominação da sociedade e deixam claro a sua repulsa pelo sistema, entretanto eles não possuem uma atitude pulsante de mudança, nas palavras do CPC, não são “revolucionários”.

O CPC classifica três tipos de artes: a arte do povo, a arte popular e a arte popular revolucionária. A primeira é uma arte produzida em regiões mais atrasadas economicamente, na qual o artista não se distingue da massa, eles convivem no mesmo meio. A arte do povo é limitada a ordenação dos dados mais patentes da consciência popular atrasada . O segundo tipo atende ao público dos centros urbanos que recebe a obra produzida por um “grupo de especialistas”. A arte é vista mais como um passatempo, uma alternativa de lazer. Segundo o CPC, tais artes não são aceitas como pontes de comunicação com as massas, pois não expressam a essência do povo. A arte revolucionária é para os artistas do CPC a melhor expressão da arte. Acreditam que a revolução está em passar o poder para o povo, aspirando aos mesmos fundamentos políticos que o povo. A revolução seria atingida com a conscientização da condição de dominados da massa e conseqüentemente seria esperada uma ação prática de libertação do povo.Os artistas do CPC, se consideram superiores que os artistas de massa, os que criam entretenimento. Os “artistas revolucionários” acreditam criar o novo e os segundos apenas utilizam “o novo” como inspiração.

A problemática, diagnosticado no manifesto, resida na oposição entre qualidade e popularidade. As obras de arte são, geralmente, compreendidas por pessoas do meio artístico, devido à sua complexidade que vai “desde a iniciação artística até as formas práticas da existência, desde o desenvolvimento sensorial intelectual até a formação humanística, requisitos que constituem justamente os pressupostos culturais para a compreensão da obra” . Por esses motivos, a compreensão da obra pelo povo torna-se um problema. Entretanto, cientes do desafio, o CPC dedica às pesquisas e ao desenvolvimento de recursos de linguagem para criar uma arte eficaz, que conscientize o povo e torne-o um homem politizado.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Resenha rio 40 graus

Presente com traços do passado

Filme de Nelson Pereira dos Santos, dedicado a sociedade carioca, é um marco no cinema novo brasileiro

Por: Fernanda Cielo

O filme “Rio 40 Graus”, de Nelson Pereira dos Santos, retrata um dia tipicamente carioca. Dedicado à população do Rio de Janeiro, o filme, de 1955, mostra na visão de cinco meninos de rua, negros e pobres, em um dia típico cariosa, com sol, praia, samba e a vida na favela.

Assim como a maioria dos filme brasileiros, “Rio 40 Graus” também mostram as belezas da cidade maravilhosa, e logo no inicio do filme, uma panorâmica explora as belezas do Rio, que mostra a cidade do Rio até chegar nas favelas que ali já existiam. Esse contraste na panorâmica é uma evidência do que o filme deseja tratar, a comunidade pobre inserida nas áreas mais afortunadas da cidade. No filme, várias histórias são contadas e com elas as dificuldades de cada um para sobreviver no Rio de Janeiro.

Os cinco meninos vendem amendoins em cinco pontos da cidade, entre esses pontos estão: a praia, o Corcovado, o Maracanã, o aterro do Flamengo. Cinco pontos considerados até hoje pontos turísticos e de uma beleza imensurável; porém, esses cinco pontos contrastam com a dificuldade que os habitantes cariocas tem da vida na favela.

“Rio 40 Graus” foi considerado um ‘movimento estético e cultural’ que pretendia mostrar a realidade brasileira. A realidade da época que é mostrada no filme, pode ser relacionada com a realidade que o Rio de Janeiro sofre agora, porém em menos escala e intensidade.

Ao decorrer do filme, são mostrados os preconceitos de classe, os ‘malandros’ que já se aproveitavam de qualquer oportunidade para subir na vida e a vida que as pessoas levam nas favelas.

Um ponto que vale ressalta, que é mostrado com muita clareza, é a questão da alfabetização. As diferenças das classes sociais ao falar, ao conversar, a se sentar na mesa etc. são nítidas.

Na época em que o filme foi lançado, os militares se contrapuseram e censuraram o filme, porque eles consideravam o filme uma grande mentira, já que a média de temperatura do Rio de Janeiro era de 39,6 C. O modo como o filme foi abordado foi de extrema coragem.

Violência. Gravidez indesejada. Aborto. Conflito de gerações. Nudez. Ambição. O medo de não conseguir sustentar a família. Amor. Desigualdade social. Favela. Demissões em massa. Polícia agindo com brutalidade. Repressão. Não fosse o figurino e o fantasma do Regime Militar seria difícil identificar a trama como se passando na São Paulo de 1979. Abordando temas ainda atuais, Eles não usam Black-tie (Brasil, 1981), dirigido por Leon Hirszman e baseado na peça homônima, de Gianfrancesco Guarnieri, foi sucesso de bilheteria quando lançado e até hoje suscita discussão.   
                                  
                            

Na história, cabe a enérgica e zelosa matriarca da família, Romana (brilhantemente interpretada por Fernanda Montenegro), o papel de controlar os ânimos e os horários dos três homens da casa – o marido Otávio (Gianfrancesco Guarnieri) e os filhos, o primogênito Tião (Carlos Alberto Riccelli), operário como o pai, e o caçula Chiquinho.
                             
Otávio ficara preso durante três dos anos de regime ditatorial no Brasil, fato que afetou sua família, mas não o fez desistir de, junto com o colega Bráulio (Milton Nascimento), continuar lutando pelos direitos da classe operária. Tião, no entanto, que teve de morar com os padrinhos no período da ausência do pai, não vê com bons olhos a greve proposta pelo movimento sindicalista na fábrica, encabeçado por Otávio, Bráulio e o estourado Santini (Francisco Milani).     
                 
Ao saber que a namorada Maria (papel de Bete Mendes) estava grávida, Tião decide anunciar o noivado. A preocupação e o medo de assumir as responsabilidades de pai de família, além dos constantes comentários do também companheiro de trabalho Jesuíno (Anselmo Vasconcelos) de que era melhor ser desprezado pelos colegas à ser mal visto pelo patrão, levaram o rapaz a furar a greve, “menos por covardia e mais por convicção”. Para ele, a greve era um direito de todo funcionário - que ele não queria exercer.

Premiadíssimo, Eles não usam Black-tie levanta importantes questões, sem deixar de ser um filme que agrade os menos entusiastas de política, intercalando as críticas ao regime com cenas do cotidiano, como as do namoro de Tião e Maria, o amor apesar dos anos de Otávio e Romana e o alcoolismo enfrentado por Jurandir (Rafael de Carvalho).

Resenha: Eles não usam black tie

O filme Eles não usam black tie de 1981, baseado no livro de Gianfrancesco Guarniere, é dirigido por Leon Hirszman e estrelado por um elenco de consagrados atores brasileiros, inclusive o próprio Guarniere.
A trama conta a história de uma família na qual o pai Otávio (Gianfrancesco Guarnniere) e o filho Tião (Carlos Alberto Riccelli) trabalham como operários em uma mesma fábrica na qual se inicia um movimento grevista liderado por Otávio.
Após engravidar a namorada Maria (Bete Mendes) e decidir se casar com ela, Tião desiste da greve para não sofrer represálias ou perder o seu emprego. Essa atitude do rapaz gera um conflito com seu pai, sua mãe Romana (Fernanda Montenegro) e até mesmo Maria.
Otávio, o pai, é um personagem que representa espírito de luta do brasileiro. Líder do movimento grevista, ele tem a voz de comando entre os companheiros de trabalho e dentro do ambiente familiar, no entanto, enfrenta oposições nessas duas esferas de sua vida. Na fábrica, outros operários se sentem injustiçados por serem demitidos e querem iniciar a greve antes do combinado. Já em casa, Tião não vê esse movimento da mesma forma que o pai e freqüentemente discorda da posição de Otávio.
O rapaz passou a infância com os padrinhos na cidade enquanto seu pai estava preso, por isso não concorda plenamente com o espírito de luta de seu pai e não se encaixa perfeitamente no estilo de vida do morro onde vivem. Quando a greve se inicia, Tião tem maiores preocupações como a gravidez de sua namorada e a manutenção de seu emprego. Esse modo de pensar e de ver a situação em que se encontram não pode ser abertamente discutida em casa, pois seria contrária à luta de seu pai para melhorar a situação em que viviam.
Romana, por sua vez é o apoio dos homens da casa. Tanto seu marido Otávio, quanto seu filho Tião vêem nela alguém com quem podem contar nos momentos difíceis que vivem durante a trama. Sempre disposta, a mulher cuida da casa e é quem dá suporte emocional ao marido e o filho em seus conflitos como a greve e a gravidez de Maria.
O filme apresenta diversos aspectos da sociedade brasileira como a luta de classes, a repressão dos tempos de ditadura, a diferença social e os conflitos familiares. Por isso, tanto o texto de Guarniere, quanto o filme de Hirszman são obras que continuam atuais até hoje.

Resenha RIO 40 GRAUS

Rio 40 graus é um filme brasileiro de 1955, com roteiro e direção de Nelson Pereira dos Santos e duração de 100 min.É considerada uma obra inspiradora do cinema novo, movimento estético e cultural que pretendia mostrar a realidade brasileira.
Movimento surgido nos anos 1950, inspirado pelo neorrealismo italiano, que utilizava atores não profissionais, locações reais e temas sociais. Sua produção apresentou problemas desde o início, e só foi possível graças a um esquema em que a equipe se tornou sócia do filme, por meio do sistema de cotas. Durante as gravações, a trupe ainda dividiu um minúsculo apartamento de dois quartos – a república dos dez – em prédio conhecido por seus prostíbulos, atrás da Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio, para economizar nas despesas. O filme foi censurado pelos militares, que o consideraram uma grande mentira. Segundo o censor e chefe de polícia da época, "a média da temperatura do Rio nunca passou dos 39,6°C".
O filme é um semi-documentário passado em um domingo de verão, o filme traz como personagens principais cinco meninos negros que vivem no Morro do Cabuçu, na Zona Norte, e vendem amendoim em pontos turísticos da cidade, como o Corcovado, o Pão de Açúcar e Copacabana. Nelson estruturou toda uma visão humana, transcorrida num domingo: os personagens se encontram e desencontram, percorrem a cidade, buscam o lazer, o amor, o trabalho. São seres extraordinariamente simples e humildes, personagens que permanecem na retina do espectador
Os atores mirins foram escolhidos no próprio morro. A mistura de ficção e realidade trouxe às telas os contrastes sociais que incomodavam muitos setores da classe média, cuja cultura rejeitava a pobreza como tema de cinema

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Bienal da Arte de São Paulo
1951 a 1965

A Bienal de São Paulo (ou ainda Bienal Internacional de Arte de São Paulo) é uma exposição de artes que acontece de dois em dois anos como já diz o nome em São Paulo, desde 1951. O evento é constantemente responsável por projetar as obras de artistas internacionais desconhecidos e por refletir as tendências mais marcantes no cenário artístico global. O prédio da Bienal foi projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer.

O pavolhão da Bienal foi projetado pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemayer

A 1ª Bienal Internacional de São Paulo foi inaugurada no dia 20 de outubro de 1951, na Avenida Paulista. A mostra contou com 1854 obras, representando 23 países. A iniciativa partiu do mentor Francisco Matarazzo Sobrinho e colocou o Brasil no circuito internacional de arte. A bienal causou grande impacto no desenvolvimento da arte concreta brasileira. Apesar da boa repercussão que causou a primeira Bienal, as obras que vieram para o Brasil sofreram diversas críticas. O importante crítico Mario Pedrosa afirma que, “os sub-Picassos e os sub-Matisses de todo o mundo significam o passado, portanto estão distantes da sensibilidade de hoje".

A 2ª Bienal de São Paulo inaugurou em dezembro de 1953 e se estendeu até fevereiro de 1954 para integrar com as festas de 400 anos da cidade. Ficou conhecida como a “Bienal da Guernica” e foi considerada a bienal mais importante da década. A exposição teve grande proporções e representou 33 países com 3374 obras. O grande destaque da segunda Bienal foi Pablo Picasso. Picasso teve uma sala com 51 telas de todas as suas fases. A bienal ficou conhecida como “Bienal Guernica” devido à obra mais importante do artista exibida na bienal.

'Guernica', de Pablo Picasso, foi o grande destaque da 2ª Bienal

A terceira edição da Bienal não teve o mesmo impacto da segunda. Os convidados de honra foram Lasar Segall e Candido Pontinari. Lasar Segall teve uma sala com 18 pinturas e 13 esculturas. Enquanto Portinari mostrou estudos sobre paineis que preparava sobre Guerra e Paz para o governo brasileiro ocupar a sede da ONU em Nova York.


Em 1957 aconteceu a quarta edição da Bienal de Arte de São Paulo. Definitivamente instalada no pavilhão especialmente construído para o evento, essa edição foi extremamente polêmica. E coube a Ciccillo Matarazzo, com palavras cheias de ironia, ouvir, pacientemente, todas as queixas e contornar a confusão. Além do tumulto, o grande destaque da 4ª Bienal foi a mostra do pintor Jackson Pollock, referência no expressionismo abstrato norte-americano. Foram apresentadas 34 telas e 29 desenhos, que representam quase todo o período produtivo do pintor.

Jackson Pollock e seu expressionismo abstrato marcaram a quarta edição da Bienal


A 5ª Bienal realizada 1959 é grande sucesso de público e traz como novidade, a "ofensiva tachista e informal". Nessa edição é inaugurada uma área para teatro, que passa a dividir o espaço, com as mostras de filmes, com as artes plásticas e a arquitetura.


Na 6ª edição em 1961, ocorreu a ampliação da participação de artistas nacionais e a maior representação de obras com caráter histórico.


A Bienal de São Paulo realizou a sua sétima edição completamente desvinculada do Museu de Arte Moderna - MAM. Desde a primeira Bienal, os críticos acusavam Ciccillo de querer um evento com mais bandeiras que a Bienal de Veneza. E esse ano representou o auge. Com mais de 5 mil obras, de 55 países, a 7ª Bienal foi inchada e pecou pelo excesso. Além dos novos países integrantes, a mostra brasileira também apresentou um volume muito grande de obras. Destacou-se George Segal, um norte-americano que apresentou uma forte adesão à pop art, movimento que viria a predominar nas edições seguintes.


O pop art seria predominante nos anos que viriam


Em 1965, um ano e meio após o golpe de Estado promovido pelos militares, a Bienal realizou a sua oitava edição. Enquanto a vida política brasileira entrava em um de seus períodos mais obscuros, curiosamente, a Bienal de São Paulo apresentou traços de ruptura e renovação em relação a alguns dos suportes tradicionais na arte. A 8ª Bienal foi bastante equilibrada, e trouxe outros destaques importantes. A sala "Do Surrealismo à Arte Fantástica" abrigou mais de 200 obras de 60 artistas de grande importância, entre eles Marcel Duchamp. Anunciando a predominância da pop art dos anos seguintes, a oitava edição da Bienal trouxe uma grande mostra de comics.


Grupo: Alyson, Anna Carolina, Laura e Juliana

Revista Klaxon e o manifesto antropofágico

Klaxon foi uma revista que circulou mensalmente no início da década de 20, em São Paulo. A revista abordava temas relacioados à arte moderna. Nela, escreveram grandes nomes do movimento modernista brasileiros, como por exemplo Anita Malfatti, Oswald de Andrade e Sérgio Buarque de Holanda.
A Klaxon teve grande importância nesse movimento cultural, principalmente na divulgação da Semana de Arte Moderna de 1922.
O manifesto Antropofágico ou Antropófago foi um movimento literário escrito por Oswald Andrade e publicado na revista de Antropofagia. A intenção de Oswald era de sintetizar a antropofagia como um movimento cultural, assim a linguagem literária passou a ser desprendida dos valores teocráticos.
Tanto a revista Klaxon, quanto o Manifesto Antropofágico da revista de Antropofagia foram expressões do movimento modernista que caracterizou o período.
Grupo:
Daniel Faustino, Felipe Francisco, Gustavo Freitas, Henrique Bovolenta e Rodrigo Gianesi.

TBC, Teatro Brasileiro de Comédia

O TBC, Teatro Brasileiro de Comédia, foi um importante teatro brasileiro, localizado na cidade de São Paulo, na rua Major Diogo, fundado em 1948, com uma equipe formada por diretores e técnicos italianos.Ele foi responsável por mudar o cenário nacional. Com ele, foi consolidada a encenação moderna do país, a profissionalização dos atores, a junção entre divertimento e cultura. Representou uma renovação estética do espetáculo brasileiro.
O TBC contava com uma oficina de produção teatral,(ateliê, guarda-roupa, marcenaria, arquivo).
Entre as peças que foram encenadas estavam "Entre Quatro Paredes (Huis Clos)", de Jean-Paul Sartre, de 1950; "Um Panorama Visto da Ponte", de Arthur Miller, de 1958; "O Pagador de Promessas", de Dias Gomes, de 1960, entre outras.
A partir do ano de 1958 o TBC perdeu espaço para o Teatro Arena e entrou em crise financeira, artística e de repertório, quando muitos dos seus principais componentes deixaram o teatro, assim como a atriz Fernanda Montenegro.
Depois de 16 anos em atividade, o TBC foi fechado, por ter seus textos e encenações considerados conservadores.

Grupo: Fernanda, Marina, Matheus, Natália.

Tarefas para hoje, 06/04

As tarefas de hoje eram as seguintes:

1. Um post sobre Lygia Clark
2. Um post sobre as Bienais de São Paulo, até 1965
3. Um post sobre a revista Klaxon e o Manifesto Antropofágico
4. Um post sobre o TBC, Teatro Brasileiro de Comédia

**
a) o grupo Dinoê, Gabriela, Laíssa, Letícia e Mônica fez a tarefa 1; b) o grupo  Daniel Faustino, Felipe Francisco, Gustavo Freitas, Henrique Bovolenta e Rodrigo Gianesi fez  tarefa 3; c) o grupo formado por Laura, Juliana, Ana e Alyson deveria fazer a tarefa 2; d) e, portanto, ao grupo formado por Fernanda, Marina, Natália e Matheus cabia a tarefa 4.

terça-feira, 5 de abril de 2011

O arquiteto das curvas

O documentário “A vida é um sopro” mostra a trajetória de um dos maiores arquitetos brasileiros, Oscar Niemeyer. Um homem que, mesmo com 103 anos de idade, ainda continua produzindo, além de ter sido – junto com Lúcio Costa – um dos responsáveis pela maior obra que o Brasil já teve: Brasília.
O desenho o levou para a arquitetura. No início, trabalhou de graça, e com isso foi ganhando experiência. Niemeyer tinha projetos inovadores em mente, queria sair daquela igualdade que eram os prédios da época; colunas sempre da mesma maneira – retas –, os mesmos desenhos, interiores. A mudança veio nas curvas da Pampulha, do Congresso Nacional em Brasília, da Catedral, do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Rio de Janeiro, entre várias outras.
Mesmo com a idade avançada, os projetos de Niemeyer não param, pois como ele mesmo diz: “A vida é um sopro”. Tudo passa que ninguém percebe. Faz 50 anos que a capital do país foi construída, e o tempo, para o arquiteto, passou muito rápido. Se Niemeyer não tivesse inventado as curvas em suas obras, o que seria dos grandiosos estádios de futebol, arenas, e atém mesmo prédios de grandes empresas?
O arquiteto sempre dizia: “Não é a linha reta, dura e inflexível, feita pelo homem que me atrai. O que me chama a atenção é a curva livre e sensual”.

Lygia Clark: a não-artista

Lygia auto-intitulou-se "não-artista"

Lygia Pimentel Lins foi uma pintora e escultora brasileira conhecida por ser uma das principais artistas expoentes do neoconcretismo no Brasil. Nascida em Belo Horizonte no ano de 1920, Lygia teve uma formação artística aprofundada: em 1947 muda-se para o Rio de Janeiro, onde iniciou os seus estudos com um dos maiores arquitetos paisagistas do século XX: Burle Marx . Em 1950 muda-se para Paris e realiza sua primeira exposição. Em 1952, volta ao Rio e, em 1954, passa a integrar o Grupo Frente. O Grupo - segundo Ivan Serpa, seu fundador - apresentava um único preceito: romper com as fórmulas da velha academia, e questionar a arte.


Lygia fez isso. Com influências do construtivismo da década de 1930, ela explorou o espaço além do bidimensional da pintura. Sua principal obra, “Bichos” (imagem à esquerda), que foi elaborada entre 1960 e 1964, consiste em um conjunto de chapas de alumínio articulados com dobradiças que permitem uma interatividade com o público ; interatividade é um dos elementos fundamentais de suas obras. Lygia morreu em 1988, no Rio de Janeiro.

Grupo: Dinoê, Gabriela, Laíssa, Letícia e Mônica

quarta-feira, 30 de março de 2011

A luta de classes em três atos

A peça Eles Não Usam Black Tie foi encenada pela primeira vez em 1958 e foi escrita por Gianfrancesco Guarnieri, e conta a história de Tião (Guarnieri), um jovem operário que acabara de engravidar sua namorada Maria (Miriam Mehler). Tião trabalha junto com seu pai, Otávio (Eugenio Kusnet), um líder dentre os operários, que está organizando uma greve para reivindicar aumento salarial. Otávio era um socialista convicto e também um revolucionário, o que o levou inclusive para a prisão (mais de uma vez), forçando o filho a ser criado longe dele.

Tião não compartilhava dos ideais de seu pai, pois considerava que a luta não valia a pena. Além disso, temia pelo seu emprego, uma vez que pretende se casar com Maria, portanto não podia de maneira nenhuma ficar sem um trabalho. Tião acaba “furando” a greve, o que deixa todos os seus colegas enraivecidos, e seu pai, decepcionado.

No período que a peça foi escrita, em 1955, o Brasil passava por uma grande mudança política e social. Juscelino Kubitschek acabara de ser eleito e ele defendia os trabalhadores, atribuindo-lhes direitos como: jornada definida de trabalho e aumento do salário mínimo. Três anos depois, serviu de inspiração para diversos dramaturgos brasileiros e iniciou a fase nacionalista do Teatro Arena.

Devido a sua importância histórica, a peça foi transformada em filme no ano de 1981, dirigida por Leon Hirszman. Nessa produção, o autor Gianfrancesco Guarnieri, que interpretava Tião na produção original, viveu o pai Otávio.

Eles Não Usam Black Tie é considerado um grande marco na história teatral brasileira, uma vez que é uma das primeiras peças que tem o foco em trabalhadores pobres, moradores da favela. A peça também aponta para lutas sociais de uma determinada classe, o que também era novidade na época.

Grupo: Matheus Alleoni, Mônica Bulgari, Natália Moraes, Rodrigo Gianesi e Gabriela Duarte.

terça-feira, 29 de março de 2011

Sobre os movimentos... Concretismo: Foi um dos movimentos vanguardistas surgido em 1950, inicialmente na música e depois na poesia e artes plásticas. Sua principal característica era a defesa da racionalidade e rejeição do expressionismo. Os irmãos Augusto de Campos e Haroldo de Campos, fundaram a revista NOIGANDRES expressão máxima do movimento. Neoconcretismo: Foi um movimento surgido no Rio de Janeiro, no final da década de 50, esse movimento era uma reação ao concretismo ortodoxo. As ideologias regidas por esse grupo tinham o intuíto de mostrar, que a arte em todos os seus segmentos trazia consigo elementos como: Sensibilidade,subjetividade (...). O manifesto não concreto é a primeira expressão do movimento. Acreditamos que os textos trazem uma alta carga de complexidade, devido ao fato de se tratar de um movimento que lida com a "ALMA" da arte. Ou seja, existem preocupações além da forma e conteúdo,nesse movimento existe a constante preocupação de tocar o leitor, por esse motivo a leitura se torna mais complexa, uma vez que a intenção do conteúdo é sensibilizar seu leitor e extrair dele emoções e ações diante daquilo que está lendo. GRUPO: LAURA, LETÍCIA, MARINA, LAÍSSA

2ª versão de "Niemeyer por ele mesmo"

“Um ser humano insignificante que atravessa a vida, que é um sopro” É com essas palavras que o arquiteto Oscar Niemeyer se define no belíssimo documentário de Fabiano Maciel intitulado Oscar Niemeyer: A vida é um sopro, lançado em 2007 com produção de Sacha.
O filme de 90 minutos monta um retrato da vida e obra do ícone da arquitetura brasileira através de seu próprio relato, suas obras e de depoimentos de personalidades como o escritor José Saramago, o historiador Eric Hobsbawn, o compositor Chico Buarque, entre outros. As imagens que compõem esse retrato partem da casa do arquiteto - cenário das falas e dos rabiscos -, correm por imagens de arquivo da época da construção de Brasília e da construção da sede da ONU em Nova York e passam também pelas locações dos principais prédios no Brasil.
Apoiando-se em sua memória, Niemeyer conta detalhadamente o que acontecia nos bastidores de cada projeto que concebia. Relatos de como as idéias surgiam e de como ele as colocava no papel, transformando e inovando a arquitetura brasileira moderna com a inserção da linha curva, a qual marca algumas de suas obras, como a marquise do parque do Ibirapuera em São Paulo e a fachada do palácio da alvorada em Brasília – cidade projetada por ele.
Além de expor a habilidade nos desenhos, o arquiteto faz também algumas reflexões sobre a vida, criando um tom filosófico na narrativa do filme. Para quem deseja conhecer melhor Niemeyer, que hoje aos 103 anos ainda desenha, o filme A vida é um sopro é o melhor caminho.

quarta-feira, 23 de março de 2011

A efemeridade da vida x a longevidade de um artista

A efemeridade da vida x a longevidade de um artista
Anna Carolina Cardoso Pinheiro

Uma das figuras mais longevas de nosso país... Essa é apenas uma das maneiras de caracterizar Oscar Niemayer, o maior arquiteto brasileiro de todos os tempos. O documentário A vida é um sopro (Brasil, 2007), dirigido por Fabiano Maciel, ao longo de seus 90 minutos, apresenta ao telespectador muito mais que os 103 anos de vida de Niemayer: mostra como a história desse mestre se mescla à história da arte moderna no Brasil e, de quebra, exibe o jeito desbocado do artista.

Além do Brasil, o longa-metragem leva quem lhe assiste a um viagem pelas obras de Oscar em outros países, tais quais Portugal, Argélia, França, Itália, Estados Unidos, Uruguai e Inglaterra. Intercalam-se ao enredo desenhos nunca antes vistos do arquiteto, assim como sua casa e um pouco da sua intimidade. 

Com depoimentos de pessoas ilustres como o historiador Eric Hobsbawn, o cantor e compositor Chico Buarque, o escritor português José Saramago entre outros é o depoimento do próprio homenageado que emociona. No decorrer do documentário, tem-se a oportunidade de conhecer esse lado não tão conhecido de Niemayer, o de pessoa crítica, franca, que fala tudo o que pensa. Que mesmo humilde, sabe da importância do seu trabalho, principalmente no Brasil. 

Brasília é um temas mais abordados e, junto com pedacinhos da história, vem uma crítica relevante nesses tempos de superlotação urbana: “as cidades não deveriam crescer sem controle. Deviam parar e depois se multiplicar”, afirma o centenário.

A maior lição que fica, no entanto, é dada pelo próprio Oscar: a vida é efêmera, “A vida é um sopro. Nasceu, morreu, fodeu-se”.

Pequeno balanço da aula virtual

1. Em primeiro lugar, obrigada pela colaboração.

2. No blog, há pelo menos um texto de cada tarefa proposta comentado; algumas observações são específicas sobre cada um dos temas, mas todos devem ler os textos comentados: boa parte das observações servem para todos e os temas serão mencionados e comentados nas próximas aulas presenciais.

3. Os posts devem ser reescritos a partir das minhas observações para a aula que vem; mesma aula em que vcs me entregam uma segunda versão do texto 1 (o que eu li etc.).

4. Alyson, leio seu texto e posto também até amanhã, OK?

5. Recebi digitalizados os seguintes textos:
Natalia
Marina
Henrique
Gabi Duarte
Fernanda
Monica 
Letícia
Alyson

6. Quem topa escrever uma historinha dessa aula virtual? Depois a gente pensa se serve para alguma coisa (ano passado, fizemos uma cobertura de Oscar com a turma de 4º ano que rendeu um belo trabalho).

7. E, ainda pensando nisso, quem topou meu desafio de sugerir a trilha sonora no FB, please, poste a música sugerida no blogue e conte o porquê da escolha. Vou fazer isso com a minha sugestão.

beijos a todos e até quarta que vem,
Bia

TEXTO COMENTADO 4

Projeto para o Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo

Lendo o projeto pudemos observar que o jornal se preocupa com o público que virá a ler o caderno cultural. 
Logo no início do projeto é dito que o caderno busca atrair o público comum e o público mais culto, Sim, mas como o autor do texto caracteriza esse público? através de matérias, poesias e contos.

Por se tratar de um cadeno pequeno (2 folhas ou 4 páginas), o caderno traria pequenas matérias e as classificações das matérias variaríam de semana em semana.

Dessa forma, pudemos concluir que o Estadão, desde a época, era muito preocupado com a divisão de trabalho redação - direção De novo, qual é a divisão proposta? Quem está falando, o autor do projeto (e quem é esse autor? e em que época ele está falando? ou a direção do jornal? e já sabia que a parte cultural deveria abordar assuntos como literatura, teatro e música. Pelo texto, dá para concluir se eles já sabiam ou é no projeto que isso está sendo proposto pela primeira vez?

Outro fato que nos chamou a atenção foi a publicidade do caderno. Apenas publicidades relacionadas a cultura poderiam estar no caderno. Assim, além do público receber propagandas de assuntos que lhes interessavam, o caderno também não perdia a sua característica de falar exclusivamente sobre cultura.

Outro ponto relevante do projeto de suplemento é o modo como ele é organizado, fazendo com que o leitor usufrua de um jornal bem estruturado. Em linhas gerais, como o projeto pensa em estruturar o suplemento? 


TEXTO COMENTADO 3

O grupo avaliou que os textos são muito complexos.Sim, são mesmo. Por que será? Vocês conseguem levantar algumas hipóteses? Dentro do nosso entendimento concluímos que o concretismo significa a junção da forma com o conteúdo dando prioridade à teoria. Já o neoconcretismo se opõem a preocupação excessiva do concretismo quanto à forma, permitindo uma maior liberdade de criação e interpretação da arte. O concretismo limita a interpretação, diferentemente do neoconcretismo que possibilita a "arte pela arte". Ou seja, a bagagem cultural que cada indivíduo adquire ao longo dos anos pode interferir na interpretação da arte. O neoconcretismo possibilita o livre nascimento da beleza da arte sem se preocupar com conceitos.

Acreditamos que entendemos a idéia geral do texto, conseguimos retirar a essência de cada conceito. Entretanto muitos detalhes não foram compreendidos pelo grupo.
Aqui, a ideia era essa mesmo: tentar entender, mesmo que em linhas gerais, quais eram as oposições entre concretisras e neoconcretistas. Vocês conseguem complementar esse texto acrescentando as informações básicas de quando e quem lançou esses manifestos? E explicando quem era quem dos dois grupos? De novo, vale consultar a Enciclopédia do Itaú Cultural de Artes Visuais.

Grupo: Laíssa Barros, Laura Abrahao, Letícia Rovere e Marina M. Zenun.

TEXTO COMENTADO 2

A peça Eles Não Usam Black Tie foi escrita no ano de 1955 por Gianfrancesco Guarnieri, 
Vejam: a peça foi escrita em 1955, mas encenada, pela primeira vez em 1958 (e depois muitas mais). Se começamos a falar do texto da peça, não faz sentido a gente indicar, depois dos nomes dos personagens, quem foi o ator que o interpretou sem sequer mencionar de qual montagem estamos falando, certo? e conta a história de Tião (Guarnieri), um jovem operário que acabara de engravidar sua namorada Maria(Miriam Mehler). Tião trabalha junto com seu pai, Otávio(Eugenio Kusnet), um líder dentre os operários, que está organizando uma greve para reivindicar aumento salarial. Otávio era um socialista convicto e também um revolucionário, o que o levou inclusive para a prisão(mais de uma vez), forçando o filho a ser criado longe dele.

Tião não compartilhava dos ideais de seu pai, pois considerava que a luta não valia a pena. Alem disso, temia pelo seu emprego, uma vez que pretende se casar com Maria, portanto não podia de maneira nenhuma ficar sem um trabalho. Tião acaba “furando” a greve, o que deixa todos os seus colegas enraivecidos, e seu pai, decepcionado.

Oragnizando aqui:
a) OK a sinopse do texto da peça;
b) a peça (de quando é primeira encenação?) teve enorme importância na história do teatro, consultem a Enciclopédia do Teatro do Itaú Cultural (vejam que vcs podem consultar mais de um verbete para contar a história da peça).
c) depois, virou filme e não exatamente por causa do "sucesso", mas de sua importância histórica, tanto pensando na história do teatro brasileiro do período; como pensando na história do Brasil

A peça obteve tanto sucesso que foi transformada em filme no ano de 1981 (em cinema, dizer quem é o diretor é mais importante do que quem são os atores; quem dirigiu?), e o autor Gianfrancesco Guarnieri, que interpretava Tião na produção original, viveu dessa vez o pai Otávio.

Eles Não Usam Black Tie é considerado um grande marco na história teatral brasileira, uma vez que é uma das primeiras peças que tem o foco em trabalhadores pobres, moradores da favela. A peça também aponta para lutas sociais de uma determinada classe, o que também era novidade na época.
OK, aqui vcs falam um pouco de um dos aspectos da importância do conteúdo do texto, mas vale pesquisar na referência que eu dei acima e onde mais vcs acharem pertinente).
Reescrevam o texto, a) falando dessas três coisas; texto da peça, encenação e filme; b) tentando relacionar texto + peça e filme com os diferentes momentos históricos; c) complementando as informações que eu apontei.

Grupo: Matheus Alleoni, Mônica Bulgari, Natália Moraes, Rodrigo Gianesi e Gabriela Duarte.

Projeto para o Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo

Projeto para o Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo

Lendo o projeto pudemos observar que o jornal se preocupa com o público que virá a ler o caderno cultural. Logo no início do projeto é dito que o caderno busca atrair o público comum e o público mais culto, através de matérias, poesias e contos.

Por se tratar de um cadeno pequeno (2 folhas ou 4 páginas), o caderno traria pequenas matérias e as classificações das matérias variaríam de semana em semana.

Dessa forma, pudemos concluir que o Estadão, desde a época, era muito preocupado com a divisão de trabalho redação - direção e já sabia que a parte cultural deveria abordar assuntos como literatura, teatro e música.

Outro fato que nos chamou a atenção foi a publicidade do caderno. Apenas publicidades relacionadas a cultura poderiam estar no caderno. Assim, além do público receber propagandas de assuntos que lhes interessavam, o caderno também não perdia a sua característica de falar exclusivamente sobre cultura.

Outro ponto relevante do projeto de suplemento é o modo como ele é organizado, fazendo com que o leitor usufrua de um jornal bem estruturado.



Grupo: Felipe Boldrini, Fernanda Cielo, Gustavo Freitas, Henrique Bovolenta, Juliana Rodriguez.

Concretismo vc neoconcretismo

O grupo avaliou que os textos são muito complexos. Dentro do nosso entendimento concluímos que o concretismo significa a junção da forma com o conteúdo dando prioridade à teoria. Já o neoconcretismo se opõem a preocupação excessiva do concretismo quanto à forma, permitindo uma maior liberdade de criação e interpretação da arte. O concretismo limita a interpretação, diferentemente do neoconcretismo que possibilita a "arte pela arte". Ou seja, a bagagem cultural que cada indivíduo adquire ao longo dos anos pode interferir na interpretação da arte. O neoconcretismo possibilita o livre nascimento da beleza da arte sem se preocupar com conceitos.

Acreditamos que entendemos a idéia geral do texto, conseguimos retirar a essência de cada conceito. Entretanto muitos detalhes não foram compreendidos pelo grupo.

Grupo: Laíssa Barros, Laura Abrahao, Letícia Rovere e Marina M. Zenun.

TEXTO COMENTADO 1

Niemeyer por ele mesmo

Um ser humano insignificante que atravessa a vida, que é um sopro” É com essas palavras que o arquiteto Oscar Niemeyer se define no belíssimo documentário de Fabiano Maciel intitulado Oscar Niemeyer: A vida é um sopro.
O filme de 90 minutos monta um retrato da vida e obra do ícone da arquitetura brasileira através de seu próprio relato, suas obras e de depoimentos de personalidades como o escritor José Saramago, o historiador
??? prenome? Hobsbawn, o compositor Chico Buarque, entre outros. As imagens que compõem esse retrato partem da casa do arquiteto - cenário das falas e dos rabiscos -, correm por imagens de arquivo da época da construção de Brasília e da construção da sede da ONU em Nova York e passam também pelas locações dos principais prédios aqui no Brasil.
Apoiando-se em sua memória, Niemeyer conta detalhadamente o que acontecia nos bastidores de cada projeto que concebia. Relatos de como as idéias surgiam e de como ele as colocava no papel, transformando e inovando a arquitetura brasileira moderna com a inserção da linha curva.
Será que não falta algo aqui??
Além de expor sua genialidade ??? será que a gente não tinha um jeito melhor de falar da excepcionalidade da obra de Niemeyer sem usar o adjetivo?  nos desenhos, o arquiteto faz também algumas reflexões sobre a vida, criando um tom filosófico na narrativa do filme. Para quem deseja conhecer melhor Niemeyer, o filme A vida é um sopro é o melhor caminho.
1.    Informações básicas que faltam: a) nome do diretor, data do documentário; b) o Niemeyer tem 103 anos; pensar na trajetória de um cara que ainda continua produtivo nessa idade é diferente de pensar na trajetáoria de um cara de 60 ou de 70, certo?
2.    OK, a resenha sobre o documentário flui e está bem estruturada, mas o que deu para perceber da importância da construção de Brasília? Ou do papel que o Niemeyer teve no pensamento sobre a arquitetura moderna?